Ser freelancer é também ser caótico

"Ser freelancer é muito bom." - Quantas vezes ouvimos isto?
Trabalhamos quando queremos, onde queremos... é uma maravilha. Mas ser freelancer é também chegar a um ponto de caos. É esgotar todos os minutos e rezar para que o relógio pare um bocadinho, ou pelo menos os emails pararem um bocadinho. Só um bocadinho. Porque eu sou daquelas que fica nervosa quando tem emails ainda por responder.
Um vislumbre rápido de um dia caótico: acidente na ponte 25 de abril, reunião de manha, 2 chamadas telefónicas, responder a metade dos emails, o pequeno-almoço tornou-se agora em almoço, reunião à tarde, fazer facturação, lançar novos workshops, confirmar inscrições, fazer alterações num trabalho, voltar a responder emails, vir aqui ao blog, e espera... deve faltar alguma coisa ainda.
A verdade é que quanto mais coisas tenho para fazer mais me organizo e é quando sou mais metódica. Ainda não percebi bem se devo marcar as reuniões todas para o mesmo dia e assim fica esta parte despachada, em detrimento que não faço muito mais nesse dia, ou se mais vale uma de cada vez.
O caos também se instala na mesa de trabalho. Como eu gostava que tudo fosse wireless mas ainda temos os discos, os phones e os cabos para carregar o telemóvel. O resultado é uma teia de aranha de fios sem início e fim. Mas nesta mesa, que não é fofinha nem arrumadinha com tudo alinhado, trabalha-se muito. Escreve-se em todos os papeis que apanhamos e guardam-se os outros todos. A parede ao lado vai sendo decorada com tudo o que é bonito e chega até nós. Quase todos os dias temos encomendas a chegar e isso vai enchendo também a nossa mesa, mas é das encomendas que gostamos mais e hoje havia uma bem grande e volumosa no meu lugar - a Pop the Bubble chegou com coisas novas. Assim é a vida no nosso cowork. A minha, a da Rita, da Daniela e da Inês.
Ser freelancer é bom mas não é pêra doce, trabalha-se mais mas trabalha-se com outro animo. O patrão [nós] é mais exigente.





Filipa Simões de Freitas
www.lancecollective.com

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